Inicia-se a semeadura da principal cultura de verão do Brasil no Rio Grande do
Sul, e, ao mesmo tempo, chegamos ao fim da safra de canola 2023 com resultado
positivo. A área cultivada nesta safra somente no RS ficou em torno de 107 (cento e
sete) mil hectares. Contudo, em virtude da grande margem líquida gerada pela canola
e o aumento da procura por parte do produtor, já se projeta para o ano de 2024 um
crescimento aproximado de 30% somente na região sul.
Nesta safra de 2023 tivemos uma boa condição climática para o
desenvolvimento da cultura da canola em virtude da não-aparição de temperaturas
negativas (geada), na fase de enchimento de grãos, o que contribuiu para a
manutenção das médias produtivas. Entretanto, devido ao período chuvoso
proporcionado pelo fenômeno denominado “El Ninho”, tivemos um aumento
significativo das precipitações principalmente no período de floração da canola, fator
este, que contribuiu significativamente para a redução da polinização de abelhas
devido à não presença de luminosidade, à qual ocasionou por resultância a redução da
capacidade fotossintética, reduzindo as médias gerais de lavoura em torno de 9%.
Dentre os fatores que contribuem para a grande procura da cultura da canola
pelo produtor cita-se o bom retorno financeiro, além da excelente lucratividade no
sistema como um todo pelo seu ônus de forma sustentável em mais de um elo do
sistema, como por exemplo na melhoria da estrutura física do solo devido seu sistema
radicular agressivo.
José Junior Fiorin
Detec – Celena Alimentos
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